Percebo que nos últimos meses desse ano, tenho escrito mais por aqui. Uso esse blog como uma espécie de terapia. Em todo caso, é interessante vc colocar suas memórias e ideias no papel.
Principalmente eu que sou uma pessoa cheio de dificuldades de encarar relações reais, encarar a vida real.
Como contemplei na última postagem... eu revi alguns textos que escrevi, que estavam perdidos num computador antigo... e me surpreendi com a forma que consegui passar para o papel algumas de minhas reflexões. Por mais que minha percepção tenha se aguçado... parece que apenas lendo os escritos, eu continuo com a mesma forma de inteligência... mas hj eu me sinto mais amplo, com novas ideias... talvez elas estejam subentendidas dentro de mim, se não tem como expô-las, elas não aparecem.
Peguei um papel em branco e um lápis e tentei escrever um poema. Nenhum tema circulou pela minha mente. Peguei um livro do Alvares de Azevedo, Lira dos Vinte anos e li alguns versos para tirar inspiração. Fato é que as poesias dele me perturbam, pois, ele foi um cara que morreu aos 21 anos, supostamente virgem. Suas poesias deixam claro essa febre pelo desejo sexual não satisfeito.
Estranho pegar o livro dele para tentar me inspirar.
Eu precisava era de uma musa inspiradora. Puxo na memória algumas mulheres que eu poderia usar como modelo. Mas todas que eu lembro, mal toquei os lábios, foram relações platônicas. Eu poderia escrever sobre esse platonismo, fantasiar e tal... mas faz tempo que eu não escrevo, faz tempo que eu não leio... e eu mudei tanto, não sou mais de exaltar essas coisas, embora quisesse. Acho que agora eu preciso éh da vivência real e quiçá um dia transformar em versos. Eu preciso de uma musa inspiradora.
Isso não vai rolar tão cedo... então vou ter que ficar nos poemas como uma forma de catarse.. tal qual o Byron Brasileiro. Nosso querido Maneco, como era mais conhecido.
Preciso de uma musa, não pra me inspirar. Mas para eu transpirar... por cada beijo, por cada coito, por cada poro. Vale muito mais do que qualquer verso ou poema.
Meu interesse em poesia, foi numa época que eu queria desenvolver minha sensibilidade. Pensava que sendo mais sensível, eu me aproximaria mais das meninas... engano meu.
No fundo o mais necessário era sair em busca de sucesso financeiro e ter um carro. Um carro vale mais que mil palavras... não estou fazendo uma crítica, é só uma constatação
Lembrei que quando eu escrevia, ou comecei a escrever. Minha escola lançou um livro de poemas, compilado de alunos. Não sei por qual motivo, nem fiquei sabendo da existência desse livro antes de ser publicado. Provavelmente quem era da turma de Elo, não foi requisitado para enviar o poema para ser selecionado.
Eu tinha um ótimo na manga, mas não tive oportunidade. Fiquei chateado, ele iria certamente dar um baile em todos os poemas que estavam ali... eles eram bem fraquinhos... mas ia ser ao mesmo tempo, metafórico... pois um dos poemas selecionados ali, era de uma pessoa da qual meu poema foi inspirado.
Mas não me lembro quando esse poemas surgiu ou se ele já fora escrito. Enfim, fato é que eu já escrevia, e tinha até uns poemas legais em meu caderno.
Queimei todos, joguei fora.. uma pena.. .por mais ruins que fossem, a gente nunca começa perfeito.
A imperfeição é a base do desenvolvimento. A humildade uma forma de crescimento.
terça-feira, 19 de setembro de 2017
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