segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Mantra II

Esse é um mantra que tenho de repetir sempre pra mim mesmo:

Você quer estar certo, ou vc quer estar na paz?


domingo, 27 de outubro de 2013

Mantra


"Basta! Não pretendo mais ser o grande Juiz que está sempre contra mim. Não pretendo mais bater em mim mesmo ou me fazer sofrer. Não farei mais parte da Vítima". 

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Amizade ou não, o que importa?

Hoje me espanta que ainda há pessoas que me aceitam e me admiram do jeito que eu sou.
Quando percebi isso, me bateu uma emoção e uma coragem intensos.

Porque nessas relações, sinto que há uma verdade pulsante. No meu atual estado, há pouco o que as pessoas que estão ao meu redor possam usufruir. Tenho tido muito pouco a oferecer. Não tenho fama, não tenho riqueza e nem sequer estou empregado. Tenho apenas sido eu mesmo e de certa forma, sido aceito por isso. E compreendido tbém.

...

Às vezes isso se torna recíproco da minha parte. Um amigo me ligou e me contou que se sentia fracassado por não ter conquistado seus objetivos. Abandonou todos os projetos e agora, apesar de sua crise... havia uma paz grande em si mesmo. Assustadoramente.

Nunca o julguei pelos caminhos que ele trilhou. Equivocado ou não, sempre admirei sua coragem por trilhar o que ele julgou ser verdadeiro. E é isso que mantém sua dignidade, apesar de ele não ter apresentado êxitos.
Sucesso ou êxito é relativo... pra mim, o sucesso é irrelevante se a felicidade e a dignidade dentro de si não estão em consonância.

E é isso de fato o que eu sinto... falei não pra agradar. Independente do que ele seja, pra mim ele sempre continuará sendo a mesma pessoa.







quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Liberdade

Contemplei todas as formas de expectativas que tive em relação a gostar de alguém. 
Hoje abriu-se uma percepção que eu já havia lido em ensinamentos espirituais. Mas que talvez saiu do plano do teórico e implantou-se no plano da compreensão. Aliás, todo ensinamento deve ser encarado como vivência, não algo separado de nós. 
Por ensinamentos espirituais tenha a compreensão de que isso é apenas um mero rótulo. 

Mas voltando...

É estranho quando vemos qualidades em alguém, principalmente no plano superficial de beleza e qualidades, o primeiro impulso que me toma é aprisionar a pessoa. Aprisionar no sentido de esperar que ela faça parte de todos os momentos importantes da minha vida. Que suas qualidades preencham o vazio que eu não consigo preencher em mim mesmo. 

De que forma eu tenho que olhá-la? Essa é uma pergunta da qual a resposta me vem como uma intuição, no meio de uma nebulosa. Não ficou claro ainda pra mim. Mas aos poucos vai se desanuviando... 

Hoje, ao ver uma pessoa da qual me agradou muito... e da qual eu vi claramente que ela possuía talentos dos quais me fizeram suspirar.. talvez uma leve beleza... pude perceber o impulso de amarrá-la em minhas expectativas. Lembrei de outras ocasiões onde a experiência que tive, quando houve a mesma expectativa, terminou em dor. Em dor que eu provoquei, na dor que tbém senti. A vergonha que me tomou depois, e a tristeza de saber que no fundo... não fiz com intenção, mas agi através da ignorância. 

Depois de erguer mil barreiras, ficar sozinho... sentir a repulsa e a inconveniência de dias muito solitários. De ir me acostumando com a dor aguda da angústia e ansiedade... Aos poucos vou retomando a sanidade e me distanciando de mim mesmo. Vejo as pessoas através de mim, não como apenas algo externo a mim. 
E disso talvez venha essas impressões que compartilho nesse blog que ninguém lê. 

Da próxima vez que eu me apaixonar, terei de estar atento... 

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Todos os dias (cansaço)

Um descanso. Apenas um descanso, era tudo o que queria.

Todos os dias se tornam cansativos em uma rotina competitiva. Essa foi a primeira percepção que mudaria a sua vida.

Sentira que perdera sua essência. Talvez a experimentara quando criança.

Percebeu se transformara em apenas um número. Um soldado. Uma identidade confusa e sem valor. Seu cotidiano virou semestres escolares.  A sensação de provar algo para alguma instituição, alguém ou qualquer coisa intangível havia se instalado nele como uma programação. Mais do que isso, era aparentemente orgânico.
Apresentar resultados. Apresentar vitórias. Pôr uma máscara para obter conquistas. Sentindo que as maiores conquistas, mais tarde se tornariam um grande vazio. Um ciclo vicioso que não o preenchia. Um desgaste sem sentido... Uma luta não ganha...de um inimigo imaginário.

Em seu coração pulsava algo maior. Maior do que todas as pessoas eram e todas as ambições falsas que um dia ele teve. Se ele pudesse apenas Ser. Ser ele mesmo... independente de tudo, ficar em paz consigo, era uma ideia intuitiva.
No meio da confusão de São Paulo, nas ruas agitadas, nos transportes coletivos... como boiada...
Ele parou por um instante e se perguntousobre aquela loucura toda. E essa loucura o havia tomado também. Uma sensação de que aquilo tudo não significava nada o sufocava.

Todos seguindo o mesmo caminho. Cobrando um dos outros. Provando um para os outros. E a tal felicidade escorrendo de seus dedos. Dentro de cada coração um protesto silencioso e adormecido.
Dentro de cada um uma infelicidade inerente. Apenas aliviada com mais vitórias. Mais conquistas. Mais  jogos. Mais promoções...

Onde estaria o valor dessas pessoas? Onde estaria o valor de uma vida para tudo isso?

Quando questionou isso, ninguém o entendera. Dali começaria sua jornada em busca da loucura. Ou de  para alguns poucos, de sua sanidade.


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Se eu pudesse

Eu não soube dizer palavras doces, nem ternas. Não soube confortá-la. E me silenciei.

Senti culpa, senti impotência. Gostaria de transformar meu coração de pedra em algo mais maleável.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

A felicidade

A felicidade tem espaço em todos os corações. É do direito de todos merecer bons momentos.
Realizar os desejos da alma. Criar novas realidades compassivas.

Como em um mantra que quebra bloqueios. Eu repito pra mim mesmo. Paz em mim e paz em você.

Assim o sorriso alheio não me aborrece. Simplesmente confio no fluir das coisas. Seguindo um trajeto desconhecido, que abre os caminhos para inspiração. Que todos perseguem e compartilham.

Enfim paz. Sempre sabedoria.

Jd Yolanda.

A viu entrar. Como num choque de realidade a beleza daquela moça contrastava com o dia frio e cinzento. Traduziu seu espanto num único pensamento-palavra: Nossa! Que linda.
Como nunca havia visto aquela menina que usava o mesmo uniforme que o dele? Estava delirando? Não era delírio, aquele ser era real.

Tudo pareceu se iluminar. Num misto de paz e confusão. Um anjo, parecia um anjo. Cabelos loiros e olhos excessivamente verdes. Nunca havia fitado olhos como aqueles. Eram pedras preciosas cuidadosamente colocadas num anjo de marfim. Um anjo sem asas. Olhou sobre sua cabeça e não havia auréola também.
Era como naquelas histórias de filmes da sessão da tarde, onde o garoto mais feio, mais sem graça tem a oportunidade única de conhecer a menina mais bonita da escola.

Naquele dia, trocaram algumas palavras. No outro, se entreolharam. E no subsequente ele desviou do olhar, não conseguiu encará-la. E no outro, não se entreolhavam mais.

A vida não é roteiro de cinema, aprendeu. Escreveu-lhe um poema. Foi apenas uma forma de canalizar seu desejo, sua impressão como sempre, platônica.

Quinze anos depois, folheando seus cadernos, aquele poema ainda estava lá. Apesar da época ser um adolescente ingênuo, as palavras não eram precoces. Era um poema barroco. Na qual o anjo vaporoso é ao mesmo tempo a paz e perturbação. Amor versus Desejo. Idealização e Realidade contrapunham se em versos.

Hoje, mais pé no chão com outras ideias e perspectivas leu o poema. Sem interesse nenhum a procurou nas redes sociais. Viu seu perfil. Continua a mesma. Recém casada. Isso pouco lhe importava. Queria que o poema chegasse ao seu conhecimento. E chegou.

De todos os poemas de suas musas, enfim, um chegou aos braços e cumpriu o seu propósito. Ela lhe respondeu, agradeceu. Ele respirou aliviado e sorriu.





sexta-feira, 26 de julho de 2013

Medos e frustrações

Medos e frustrações de todos os tipos
Dos quais eu fujo e não enfrento
Pois quando eu os sinto me ardo
Correndo deles em desespero

Feridas que eu não consigo tratar
Dores que eu não sei aceitar

Assim sou eu sem máscaras
Sem a arrogância nos versos
Sem pseudônimos pra me proteger

Assim sou eu
O choro reprimido e a raiva não trabalhada
A derrota suprema, a esperança ressentida
Cego sem sentir, eu me matei, eu morri

Quero um espaço para enxergar o que sou
Aceitar que eu perdi, que eu não vivi

Minha alma quer sentir o beijo e o perfume
Para esquecer a ofensa e o lodo
Quer do porvir o lume
Quero a transformação.








segunda-feira, 22 de julho de 2013

Conquistas

Nada perdi,
Pois nada conquistei

Nunca menti
Pois sempre interpretei

Não sei se vivi
Sei que eu me enganei

Quando eu me omiti
A verdade calei

Que diabos sou eu?
Eu me perguntei

O silêncio gritou
A resposta não sei


sexta-feira, 19 de julho de 2013

Referência

Vivo achando que ternura é uma fraqueza
E ando sempre de coração armado, de coração fechado

Temo como a maioria a transparência
Interpretando papeis, ando mascarado. 

Digo sim quando quero dizer não
e a verdade nunca me é bem-vinda

As mentiras me agradam
As verdades me punem

Aonde irei chegar assim?
Existe cura pra mim?

Às vezes me pergunto
Será que só eu no mundo
age assim?





domingo, 14 de julho de 2013

Perdendo a mão

Escrita é como prática. Se vc não exercita vc trava.

Estou utilizando esse blog para praticar minha escrita novamente. A maioria dos poemas postados, são poemas de improviso, onde estou tentando expressar meus sentimentos e impressões.

Não sei por que dessa necessidade de se expressar. Não há palavras que traduzam vivências e emoções. Quando tento categorizar isso em arte, a impressão já se corrompeu. A única forma de sentir algo em sua totalidade, é focando-se no presente. Sem julgar, categorizar, apenas sentir.

A palavra aprisiona, nesse sentido. Mesmo assim insisto em me libertar através dela.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Encenação

Como o boi segue a boiada
Nossa vida é uma piada
Pura repetição

As mesmas fantasias
As mesmas esperanças
vem e vão
Veem em vão
foram em vão

E tudo está igual
Ao mesmíssimo padrão

Nascer, querer, foder, morrer
Amar, foder, casar, trair
Viver, crescer, amar, fingir
comer, beber, chorar sorrir

Olhar e repetir
imitar e repetir
não saber e repetir....








segunda-feira, 8 de julho de 2013

Simplificando a vida

Não questiono mais. Aceito como é.
E se algo me entristece, não mais me aborrece.
Acolho o sorriso e o pranto

Meu referencial é não saber.
Faço sem muito pensar.
E Penso muito sem pesar.





sexta-feira, 28 de junho de 2013

Decisão

Chega um momento na sua vida que vc tem de decidir. Decidir entre amor e desejo. 

Estou divido entre o orgulho e o coração. Entre decidir entre a mulher dos seus sonhos e a mulher que te fará uma pessoa melhor. 

Bombardeado pelos valores egoicos e criado pela cultura de massa... Confesso que o orgulho fala mais alto. Estar ao lado daquela linda mulher, de um corpo perfeitamente trabalhado... quase como um objeto de conquista e ostentação. 

E ao mesmo tempo, perto de vc... tbém tem aquela menina ingênua, cheio de doçura. Talvez não tão bela, mas cheio de ternura. Da qual vc sempre de alguma forma desprezou. Que vc adora estar ao lado, de conversar, de fazê-la rir, mas a atração física não é tão forte. 

Entre essas duas seduções do físico e do coração eu fico dividido. 

Entendam-me mulheres, sou homem. 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Ketlin


Um anjo se sentou ao lado meu
Não tinha nimbo e asas não havia
Tinha verdes olhos que vertiam vida
Qual a luz de uma pedra preciosa
E cabelos de um ouro perfumado

Tinha um rosto de boneca, lábios finos
Tinha a pele mais macia que veludo
Tinha um corpo de extrema pecadora
Ancas largas e seios salientes
E um hálito de virgem arrependida

A sua voz era suavemente doce
Suas palavras intervalos consonantes
O seu sorriso era um sopro de esperança
O seu andar era de uma bailarina
A sua presença era divina

Ajoelhei diante dela temeroso
Pedi-lha sagrada benção humildemente
Fitei-a com meus olhos pecadores
Sentia-me pequeno e desprezado
Roguei-lhe um beijo e tal pedido ousado
Não foi então por ela concedido...

Sumiu discretamente entre as nuvens
Levou consigo a minha esperança
Castigou-me depois com sua ausência
E hoje eu só tenho sua imagem
Na memória e em meus livros de orações

Ela é uma anjo esculpido em carne humana
Tem coração bondoso e ar de leviana
Alma angelical e um corpo que profana
Pureza libertina e devassidão de santa

.....

Poema de minha autoria, escrito no tempo de escola