quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Liberdade

Contemplei todas as formas de expectativas que tive em relação a gostar de alguém. 
Hoje abriu-se uma percepção que eu já havia lido em ensinamentos espirituais. Mas que talvez saiu do plano do teórico e implantou-se no plano da compreensão. Aliás, todo ensinamento deve ser encarado como vivência, não algo separado de nós. 
Por ensinamentos espirituais tenha a compreensão de que isso é apenas um mero rótulo. 

Mas voltando...

É estranho quando vemos qualidades em alguém, principalmente no plano superficial de beleza e qualidades, o primeiro impulso que me toma é aprisionar a pessoa. Aprisionar no sentido de esperar que ela faça parte de todos os momentos importantes da minha vida. Que suas qualidades preencham o vazio que eu não consigo preencher em mim mesmo. 

De que forma eu tenho que olhá-la? Essa é uma pergunta da qual a resposta me vem como uma intuição, no meio de uma nebulosa. Não ficou claro ainda pra mim. Mas aos poucos vai se desanuviando... 

Hoje, ao ver uma pessoa da qual me agradou muito... e da qual eu vi claramente que ela possuía talentos dos quais me fizeram suspirar.. talvez uma leve beleza... pude perceber o impulso de amarrá-la em minhas expectativas. Lembrei de outras ocasiões onde a experiência que tive, quando houve a mesma expectativa, terminou em dor. Em dor que eu provoquei, na dor que tbém senti. A vergonha que me tomou depois, e a tristeza de saber que no fundo... não fiz com intenção, mas agi através da ignorância. 

Depois de erguer mil barreiras, ficar sozinho... sentir a repulsa e a inconveniência de dias muito solitários. De ir me acostumando com a dor aguda da angústia e ansiedade... Aos poucos vou retomando a sanidade e me distanciando de mim mesmo. Vejo as pessoas através de mim, não como apenas algo externo a mim. 
E disso talvez venha essas impressões que compartilho nesse blog que ninguém lê. 

Da próxima vez que eu me apaixonar, terei de estar atento... 

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