quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Poema do ciclo e da sinceridade

O fogo que outrora em mim ardia
Ao ver te maquiada e bem vestida
Estimulava falsas investidas

Fingi que era amor mais uma vez
Hormônios dominavam o meu ser
Queria a todo custo ter prazer

Mentiras que contei pra te despir
Desenbolsei dinheiro que não tinha
Apenas uma noite pra dormir

Sumi com um cinismo impressionante
Calei como uma pausa dissonante
Apenas uma noite pra eu fugir

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Sou apenas olhos

A câmera pode fazer com que vc viva mundos diferentes. Seria como um passaporte para algumas áreas do conhecimento onde eu dificilmente teria acesso.
Fui jogado em uma fogueira para monitorar uma turma de atores, cujo exercício era fazer um monólogo em frente da câmera.

Lá fui eu...

A professora atriz nem tão bonita assim, mas o fato de ser atriz a deixava com um ar de expressividade, presença e excentricidade que diferencia um artista de uma pessoa comum. Eu sempre tenho o hábito de achar que os artistas tem uma áurea de superioridade, de santidade ou seja lá o que for... mas que estão acima de um patamar de nós , reles mortais.
Eu sempre quis ser um artista, embora nunca achei o meu talento artístico. Tentei desenhar, tocar instrumentos e não tinha nenhum talento pras artes.

Os alunos fizeram o exercício e depois a professora analisou. Lembrei dos Masterclass de música onde já fui espectador. Apesar de não entender nada, achava fascinante o mestre apontar para o aluno as falhas, as nuances, detalhes de interpretação. Assim ocorreu nessa aula que eu acompanhei.

Fiquei fascinado, queria fazer mil perguntas depois... mas acabou comigo tendo de ser neutro. Não iria alugá-la, apensa recolhi meu material, entreguei ao almoxerifado e rumei pra casa, pensando na aula.