Mais uma vez a música se faz presente...na minha memória.
No fim do ano de 2016, eu comecei a pesquisar mais sobre música instrumental brasileira. Logo iria cair no encanto do Chorinho.
E pesquisando os vídeos no youtube, logo caí num grupo de meninas que tocam esse estilo.
Sempre as via na grande mídia, uns 8 ou 9 anos atrás... elas já tocavam bem, mas na época não havia essa força da internet e então não corri atrás.
Eis que no ano passadocaio em um vídeo onde duas delas fazem um dueto... a menina do bandolim, novinha... toca como gente grande. Uma interpretação arrebatadora. O virtuosismo tbém...
Fui ver outras versões da mesma música, outras interpretações... o que me chama atenção é a interpretação dela é a mais melancólica de todas... isso me intriga... como assim, tão nova ter essa expressividade?
Pronto, aquilo me conquistou... fiquei pulando de vídeo em vídeo, pesquisando mais e mais sobre o grupo. Daí vendo o estilo de vida em que levam e etc... é do tipo de pessoas que dá vontade de apertar... de ter como amigo, etc.
No ano passado fiquei nessa neura... fiquei sabendo que elas iriam dar uma palestra sobre o gênero, choro...e convidei um amigo pra ir junto. Quando ele viu o vídeo do dueto, ficou impressionado. Ele é músico... pode falar com mais propriedade.
Então fomos... e para a minha surpresa era uma palestra informal... com apenas umas 7 pessoas incluindo nós, bem próximo...sentados em uma salinha bem decorada. Aquilo foi uma porrada na cara para mim, que sou tímido... porque eu tava tão envolvido com os vídeos que eu via delas, que para mim, elas eram tipo, deusas...Quando cheguei ao local vi uma delas sentada no sofazinho esperando dar o tempo de início... a bandolinista genial...olhei e fiquei com vontade de tietar... tipo.. dizer.. meu, vc éh muito genial, toca muito bem... etc... mas não o fiz.
A palestra foi muito legal, mas eu fiquei meio travado... pq ali era tete a tete... deu pra interagir com elas e ouvir várias histórias e dar várias risadas. Mas havia o nervosismo da admiração.
Estava me sentindo um aristocrata... ter uma apresentação com uma qualidade musical daquelas, tocada por três meninas fofas... só pode se vivenciar quando vc é um aristocrata..kkkkk
Na volta, eu e meu amigo éh claro... estávamos apaixonados...
No último domingo elas se apresentaram na Av. Paulista... como eu estaria por lá, pois, todas as manhãs faço práticas 'religiosas' de manhã por ali.... iria vê-las novamente.
A Av. Paulista me sufoca.. aquele bando de gente, dispara minha fobia social.
Antes do show começar, eu dei umas andadas por lá para observar o movimento e esperar o tempo passar.
Quando começa a apresentação, vou pra bem perto do palco. Tenho a impressão que uma delas olha fixamente pra mim. Desvio o olhar, hehehehe... mas sei láh, pode ser que ela reconheceu...
No Bis elas tocam um clássico do Choro, que todos sabem cantar... e cantam juntos.
Como eu não sou de ir pra shows e etc... quando ouvi aquele povo todo cantando em minha volta.. fiquei emocionado...Aquilo é envolvente. Fora que é um clássico, não é o hit de Anita... o que me deixa mais impressionado. Senti vontade de chorar, mas me segurei.
A música termina... e a flautista se diz emocionada... com voz embargada ela fala sobre a imortalidade do autor, que está sendo homenageado e sinto que ela tbém segura o choro.
Mais uma vez a música me quebrando... foi um domingo cinzento quase chuvoso...mas a música o tornou claro e aberto.
segunda-feira, 24 de abril de 2017
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